terça-feira, março 02, 2004

A Zel me perguntou sobre como eu estava me sentindo e sobre um outro assunto. Eu comecei minha resposta pelo outro assunto, mas ela achou que eu estava respondendo à primeira pergunta. Seguem algumas das coisas que ela achou que eu estava falando sobre meu estado. Há que ser um tanto metafórico, claro.

"Sem muitas novidades sobre o monstrão, mas com uns detalhes que podem fazer a diferença:
1. Parece que a cada espetada que eu dou nele, ele tem dificuldade em responder e bater de volta. Pode dar para bater mais.
2. Quando seguro R1, isso faz a minha arma brilhar, e ela aponta para a posição do monstrão na floresta.
3. A cada tanto tempo, o monstrão dá uma parada de correr (não sei se é tempo ou se tomar porrada). Talvez dê para só tentar atacar o bicho nesses momentos, ao invés de ficar sendo atropelado por ele.
...
Na verdade, naquele labirinto é tudo ilusão, tanto os monstros (cujos danos são reais mesmo), quanto os caminhos, exceto aquela bola que fica flutuando. Não tem nada de direita/esquerda/direita... Quando você mata o flutuador, a magia dele se acaba, e o caminho verdadeiro (único, para a frente) se mostra. Depois de alguns desses, chegaríamos ao ponto de ontem.
"

Bom, analisando essa coisa, o "monstrão" sou eu mesmo, claro. As espetadas podem ser as descobertas da minha análise ou do meu dia a dia, não sei. Mas aparentemente eu tenho dificuldade em responder (pouco pró-ativo?). Talvez precise cutucar mais.

Não estou certo sobre o significado de R1, mas o "faz a minha arma brilhar" tem óbvias implicações sexuais. Se considerarmos a floresta uma referência à genitália feminina (relação esta um tanto tosca, reluto em aceitar que eu tenha feito esta associação), minha "arma brilhante" iria em busca do "meu eu" quando dentro do corpo feminino.

A seguir, entro em uma análise metafísico-político-religiosa, inicialmente um tanto desiludida ("é tudo ilusão"). Tudo seria falso, à exceção da "bola flutuando", aparentemente uma representação de deus (inicialmente achei que era uma questão aristotélico-cavernista, o que me agradaria muito mais. Mas essa única coisa real, flutuante, deve ser uma referência a um deus mesmo. Sigh...). Não há posições políticas, esquerdas, direitas e que tais. Entretanto, quando a fé acaba (ou nem começou) e esse mito é desconstruído ("você mata o flutuador"), e o verdadeiro caminho, sem ilusões ou fantasias, fica claro. E voltamos ao ponto inicial, "de ontem", desiludidos novamente.

...

Me converti à Igreja do Reino Adventista Quadrangular Tridimensional do Santo Playstation II dos Últimos Dias.
E sou praticante.