Veja, minha pequena
Minhas restrições à revista Veja vêm de longa data, por diversos motivos. E cada vez que eu folheio uma edição sou lembrado de algum destes motivos, quando não descubro mais um.
Então eu vou desabafar os 2 mais recentes, que eu sei que vocês não têm mais nada pra fazer:
1. Lançamento do Iphone, da Apple
O aparelho vira capa da Veja, como uma revolução nas comunicações. É a Veja trazendo o futuro para a classe média brasileira. Parece que tudo ali é novidade, brilhantes lampejos da Apple, coisas nunca antes imaginadas.
Muito mais sensata foi, por exemplo, a matéria da Superinteressante (que eu também não acho nenhuma maravilha), que destacou que o aparelho não traz nada de novo, como de costume na Apple, apenas otimizando recursos subutilizados por outros produtos anteriores. A frente sem botões, que a cada intenção de uso mostra funções diferentes, por exemplo, eu tenho há anos no meu Motorola 388 (que custou uns R$500 quando comprei, quando vi à venda pela última vez estava por uns R$300 e atualmente se a Motorola ainda tiver algum em estoque ele certamente te dará algum dinheiro para você levá-lo).
Entenda, não é que eu não tenha gostado do Iphone, pelo contrário, adorei. A abordagem da Veja é que me irrita.
2. A morte do garoto arrastado pelo carro no Rio
Claro, mais uma matéria da Veja no estilo "até quando?" (a mesma revista, aliás, que definiu o voto pela manutenção das armas em posse de civis), como sempre acontece quando surge uma boquinha dessas.
Nem tudo foi ruim na matéria. Claro, tinha o mapa do circuito percorrido pelo carro arrastando o menino, uma informação realmente indispensável :P, mas a lista de possíveis ações adotáveis no momento trazia coisas de fato interessantes. Viu, não é pura birra cega.
Mas então (ó o então, ó o então!), naquela matéria que ficava intercalando reportagem com editorial (assim mesmo, um parágrafo de reportagem, um parágrafo de editorial, em itálico, e assim por diante), chega o trecho em que o tal editorial critica as vozes que reclamavam de se forçar os criminosos a mostrarem seus rostos.
Bom, eu acho que cabe uma reflexão primeira exatamente pelo fato de eles ainda não terem sido julgados, ainda que seja óbvia a culpa dos mesmos.
De qualquer maneira, o argumento da revista nem passa perto de algo assim. A linha de argumentação fica em torno de "não se pode nem desfigurar um menino e permanecer no anonimato...", cheio de ironia, claro.
Ora, se o rosto em questão era de adulto, mostre-se porque é permitido e pronto, ou discuta-se a questão levantada acima, sobre divulgar antes de condenar formalmente. Se o rosto em questão era de menor de idade, não se mostra porque a lei assim proíbe e pronto, independente da gravidade do crime cometido.
Mas o argumento da revista ignora qualquer das possibilidades, e vincula a opinião sobre mostrar ou não rosto dos agressores à gravidade da falta cometida.
Até quando podia ter acertado na postura, a Veja se equivoca nos motivos.
Então eu vou desabafar os 2 mais recentes, que eu sei que vocês não têm mais nada pra fazer:
1. Lançamento do Iphone, da Apple
O aparelho vira capa da Veja, como uma revolução nas comunicações. É a Veja trazendo o futuro para a classe média brasileira. Parece que tudo ali é novidade, brilhantes lampejos da Apple, coisas nunca antes imaginadas.
Muito mais sensata foi, por exemplo, a matéria da Superinteressante (que eu também não acho nenhuma maravilha), que destacou que o aparelho não traz nada de novo, como de costume na Apple, apenas otimizando recursos subutilizados por outros produtos anteriores. A frente sem botões, que a cada intenção de uso mostra funções diferentes, por exemplo, eu tenho há anos no meu Motorola 388 (que custou uns R$500 quando comprei, quando vi à venda pela última vez estava por uns R$300 e atualmente se a Motorola ainda tiver algum em estoque ele certamente te dará algum dinheiro para você levá-lo).
Entenda, não é que eu não tenha gostado do Iphone, pelo contrário, adorei. A abordagem da Veja é que me irrita.
2. A morte do garoto arrastado pelo carro no Rio
Claro, mais uma matéria da Veja no estilo "até quando?" (a mesma revista, aliás, que definiu o voto pela manutenção das armas em posse de civis), como sempre acontece quando surge uma boquinha dessas.
Nem tudo foi ruim na matéria. Claro, tinha o mapa do circuito percorrido pelo carro arrastando o menino, uma informação realmente indispensável :P, mas a lista de possíveis ações adotáveis no momento trazia coisas de fato interessantes. Viu, não é pura birra cega.
Mas então (ó o então, ó o então!), naquela matéria que ficava intercalando reportagem com editorial (assim mesmo, um parágrafo de reportagem, um parágrafo de editorial, em itálico, e assim por diante), chega o trecho em que o tal editorial critica as vozes que reclamavam de se forçar os criminosos a mostrarem seus rostos.
Bom, eu acho que cabe uma reflexão primeira exatamente pelo fato de eles ainda não terem sido julgados, ainda que seja óbvia a culpa dos mesmos.
De qualquer maneira, o argumento da revista nem passa perto de algo assim. A linha de argumentação fica em torno de "não se pode nem desfigurar um menino e permanecer no anonimato...", cheio de ironia, claro.
Ora, se o rosto em questão era de adulto, mostre-se porque é permitido e pronto, ou discuta-se a questão levantada acima, sobre divulgar antes de condenar formalmente. Se o rosto em questão era de menor de idade, não se mostra porque a lei assim proíbe e pronto, independente da gravidade do crime cometido.
Mas o argumento da revista ignora qualquer das possibilidades, e vincula a opinião sobre mostrar ou não rosto dos agressores à gravidade da falta cometida.
Até quando podia ter acertado na postura, a Veja se equivoca nos motivos.
4 Comments:
Veja é uma bosta necessária.
Memória muito curta, a da Veja. Não se deve revelar a foto dos acusados para evitar linchamento público - foi a mesma Veja que causou o linchamento daqueles donos de escola que foram acusados de pedofilia, lembram do caso? E no final, os caras eram inocentes. Vão passar a vida saindo na rua com saco de papel na cabeça. À parte reflexões sobre culpabilidade, os garotos são menores de 18 anos, a lei protege. Ah, pra que estou aqui pensando? A Veja é estúpida.
Vejan não é estúpida. Mas os coleguinhas, que se deslumbram e se vendem ao estilo editorial da "casa", são.
Eu, como ex-editor abriliano conheço bem o esquema. Pior, só na Folha de São Paulo.
Fiz uma matéria para a revista Connect de março sobre os pontos fracos do iPhone. O que mais revolta é o fato de jornalistas quem nem se derm ao trabalho de ler as letras pequenas no hotsite do aparelho; a Apple assume que o aparelho ainda não foi aprovado. A FCC (a anatel dos caras) ainda não aprovou o bicho. Sem isso, não passa de um conceito, vaporware.
Enquanto isso, a concorrência....PRADA/LG, Samsung...
Ah, na Samsung Experience, no Morumbi Shopping você pode usar um celular com câmera de 10Mp. Isso mesmo. 10 Megapixels...
Fê,
pra variar, feliz aniversário atrasado.
Beijão
ei, vc não vai mais aparecer por aqui, não?
nem uma palavrinha mais, ainda que bruta?
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