terça-feira, janeiro 23, 2007

Amizades

Saindo de um cliente dia desses me dei conta de que estava muito perto do meu ex-emprego (o último que tive antes de resolver trabalhar "aaall by myseeeeelf"). Resolvi passar lá e dar um oi para os poucos que eu ainda conheço. Poucos porque nestes 14 meses acho que metade da empresa já foi trocada ou se trocou, e a empresa não é lá assim graaande...

Pois encontrei uns poucos (pouquíssimos, na verdade) que sei que gostam de mim, outros poucos que acho que gostam, uma série de pessoas que acho que não gostam de mim e alguns outros que certamente não me suportam.

O interessante é que o tratamento a mim dispensado por essas muito diferentes pessoas foi todo muito parecido. As maiores diferenças nesse bolo de reações parecidas foram dos dois que sei que mais gostam de mim ali. Um mal falou comigo, a gente não precisa. Outro conversou um tempo maior, curioso. O resto todo igual, morno, cinza, automático.

***

Mas já indo embora, cruzo com um rosto familiar. Sei que era parecido com um rosto que conhecia bem. Era uma faxineira que assim que me viu veio falar comigo.
- Oi... Você é o Fernando (nome fictício), não é?
- Sou sim. Tudo bem?
- Tudo. Eu sou irmã da Helena, que também faz faxina aqui. Eu te vi uma vez aqui.
- Uia, manda um beijão para a Helena!
- Mando sim. Acho que ela não tem seu telefone, né?
- Acho que não. Você entrega para ela?
E entreguei meu telefone para a irmã da Helena, que me viu uma vez há uns 2 anos e me reconheceu e lembrou do meu nome. Uma das melhores pessoas que conheci naquela empresa.

terça-feira, janeiro 16, 2007

Call me McGiver

A Guerra Fria ainda assustava o mundo quando eu era criança (não faça as contas, por favor). O juízo final podia chegar a qualquer momento. De uma hora para outra haveria prédios em ruínas, o colapso do sistema financeiro, pessoas se atacando na ruas por um saquinho de M&M, talvez tivéssemos que matar o que comer. E só haveria pessoas para matar. Só quando rareassem as pessoas eu aceitaria matar um gato. Nunca um cachorro.

Eu torcia pelos russos.

Mas enfim, isso tudo e os filmes dos quais eu gostava me tornaram um adolescente preparado. Até os meus 15, 16 anos quem abrisse minha mochila (da qual eu não me separava) encontraria sempre um canivete ou uma faca, uma pedra pequena, fósforos, corda, freqüentemente algo comestível, luvas de couro, um livro (um Kafka, um Baudelaire do qual nunca li mais que 5 páginas ou algum da Série Vagalume. Eclético é meu segundo nome).

Quando fui para a faculdade tive que rever esses hábitos. Nunca abandonei o canivete por completo, ele ainda pode ser encontrado em algum compartimento secreto às vezes, mas o resto se foi.

Ou tinha ido, até essa semana, quando uma aparição me fez repensar esses hábitos. A canadense Éton, em parceria com a Cruz Vermelha norte-americana lançou um RÁDIO...
1. A prova d'água
2. Funciona na corrente elétrica, a pilha ou com dínamo (isso, MANIVELA!)
3. Dá para ouvir (na América do Norte, imagino) canais de previsão do tempo
4. Dá para ouvir canais de televisão em VHF
5. Luzes em LED que não queimam
6. CARREGA CELULARES NA MANIVELA, com adaptadores para diferentes modelos
7. Tem SIRENE
8. Fones de ouvido
9. O rádio pega até rádio! AM e FM.
(Links para o fabricante e uma das notícias em português)


Vou ter que readotar a mochila de sobrevivência, claro. Eu PRECISO disso pra viver. Nunca vou usar, lógico, mas quem se importa?

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Haikão

quem solta rojão
é alguém sem cachorro ou
é sem coração

(e é nóis na métrica, certo mano?)