sexta-feira, julho 28, 2006

Putaqueospa, até que enfim!

Liminar veta perguntas sobre orientação sexual de doadores de sangue

Isso era um absurdo. Você ia doar sangue e te perguntavam se você já tinha tido relações sexuais com outro homem; se você dissesse que sim, não podia doar. Não perguntavam quantos parceiros, se você era promíscuo, se você usava preservativo. Só isso.

O mesmo acontece com quem já usou drogas como cocaína. Tá fora. Essa até dá para engolir, pode sobrar algum culhonésimo da dita no organismo, sei lá.Acho que não sobra, e que isso é uma maneira de deixar de fora quem eles acham mais provável já ter dividido agulhas contaminadas um dia. Mas perguntam isso? Não, claro.

Então, voltando para o caso dos homo e bissexuais, se o sujeito teve um único parceiro nos últimos 5 anos, e sempre transou com camisinha, está fora. Mas se o cara teve 5 mulheres no último ano, ainda pode doar. Ô gente burra.

É lógico que o cara que disse que nunca se picou pode estar mentindo, assim como o que disse que foi um só parceiro e com camisinha. Mas o mesmo vale para todo mundo. Qualquer um pode mentir na hora de doar sangue.

Então, conclusão óbvia, ignore-se o que dizem os doadores, e utilize-se apenas o sangue testado (exceto em emergências, claro), o que aliás já é feito. Só que aparentemente a Anvisa acha que homossexuais e bissexuais são mais propensos a mentir que os demais.

quinta-feira, julho 20, 2006

É verdade que eu tenho escrito mais justamente nesses dias em que a Zel tem escrito menos por lá.

Não é verdade que foi uma decisão consciente.

Não é nada verdade que a gente esteja tentando manter uma quantidade média de postagens conjuntas.

E absolutamente não é verdade que eu esteja tentando manter um nível médio de qualidade, ou seja, que quando os posts dela ficam exageradamente bons eu corro para postar algo muito ruim para manter a média histórica em padrões humanos de qualidade!
Com o carro parado na oficina, tenho feito quase tudo de moto na última semana. E notei uma coisa que de carro é muito mais difícil; como se fuma maconha nos carros em movimento nessa cidade!

Veja bem, nada contra. Quer dizer, nada contra a maconha, o que não isenta o cidadão que decide dirigir chapado. E não vou abordar a questão do tráfico, claro. Mas é impressionante, é raro o dia que eu não passo por um carro com um cidadão engordando a cabeça ao volante.

Seria até bom se essa fosse a explicação para as idiotices diárias desse trânsito. Seria mais reconfortante, acho.

quarta-feira, julho 12, 2006

Nesse Domingo eu resolvi que ia fazer a receita de Gratin Dauphinois do Jeffrey Steingarten, que pode ser encontrada, em inglês e com foto, aqui. Tá, você pode fazer como a Zel e chamar vulgarmente meu Gratin Dauphinois de Batatas Gratinadas. Além de não ser a mesma coisa, como eu talvez explique mais abaixo, é uma enorme falta de educação. Eu não chamei o Steak Au Poivre que ela fez de Bife na Pimenta, chamei? Não.

De qualquer maneira, minha discordância se deve principalmente ao fato de eu não achar que o prato era de batatas gratinadas. Certo, havia batatas. Certo, elas estavam gratinadas. Mas o principal do prato não eram as batatas, elas eram mero suporte, uma base de cultura, digamos assim. O principal do prato era o próprio gratinado.

A idéia desse prato não é gratinar as batatas, mas fazer um gratinado sobre elas, aquela coisa com gosto de queijo (não vai queijo, quem dá essa idéia é o creme de leite fresco), salgadinha, oleosinha. As batatas servem bem para o desenvolvimento sobre elas de uma nova forma de vida, o gratinado. Tanto que são cortadas em fatias de apenas 3 mm. E é feita apenas UMA camada dessas batatas. Se o gratinado ficasse a mesma coisa com pedregulhos, não precisaríamos das batatas. Mas batatas são mais fáceis de mastigar.

Enfim, ficou muito bom. Esqueci de colocar sal e não chegou a gratinar, mas tirando isso, ficou ótimo.

segunda-feira, julho 10, 2006

Eu não gosto de futebol violento. Lembro de ter começado a torcer pelo meu time assistindo, lá pelo começo da década de 80 (eu era criança) a um jogo em que um time jogava muito bem, evitando fazer faltas, e o outro distribuía caneladas tentando parar o primeiro. Naquele jogo o time mais técnico ganhou minha simpatia, que dura mais de duas décadas.

Quando jogo futebol tento ser coerente com essa idéia. Jogo da maneira mais limpa possível, mesmo quando jogo na defesa (o que venho fazendo nos últimos três anos, por não ser mais tão rápido no ataque). Claro, às vezes acontecem uns desvios de conduta, mas são raros. Em geral sou extremamente bonzinho.

Provavelmente por isso me irritou tanto assistir à coletânea dos "trabalhos" do Materazzi que está disponível no Youtube. É tudo que eu abomino no futebol.

O problema é que minha aversão por ele ficou de tal dimensão que hoje me vi em sentimentos contraditórios: amei a cabeçada do Zidane. Pois é, um dos caras mais técnicos do futebol esqueceu os bons modos e deu uma testada nos pulmões do Materazzi, por sua vez o maior carniceiro do futebol atual.

O italiano teria xingado a irmã do francês de prostituta por 2 vezes, o que não justifica absolutamente nada, claro.

Mas gostei, a cabeçada está na minha lista das 5 cenas mais agradáveis da Copa 2006. E viva o fair play (que a coerência, como avisou a Zel, aproveitou o fim da copa e deu uma esticadinha na EuroDysney).

quinta-feira, julho 06, 2006

Momento filantrópico

No intuito de colaborar com os colegas que chegaram até este espaço buscando no Google por alguns assuntos de que sou exímio conhecedor, discorro brevemente a seguir sobre os mesmos.

Busca: www.clube da puta .com.br
(2º resultado no Google)
Sei como é. Você se associa e passa a pagar uma taxa mensal equivalente a cerca de 30% do preço de uma puta normal - capa dura. Todo mês você recebe em casa uma puta de sucesso ou um clássico indispensável. E a qualidade é garantida para que, caso você já tenha apreciado anteriormente a puta do mês você possa passá-la para um amigo ou parente sem problema.

Busca: especialista em sanscrito em são paulo
(4º resultado no Google)
Eu mesmo, talento reconhecido há anos, um campeão em buscas no Google. Chame-me Arya Asatya.

Busca: conhecedor de 10.000 palavras
(1º resultado no Google)
Sou eu mesmo, em português. Sem contar o sânscrito.

Busca: um bom planejador de cidades
Finalmente minhas boas idéias reconhecidas. Defendo, por exemplo, algum agrupamento dos estabelecimentos comerciais, concentrando em uma mesma área os bares em que a balada bomba, os cinemas que passam filmes dublados, os restaurantes que têm fila (quaisquer que sejam eles), Blockbusters. Uma área como Mogi das Cruzes, por exemplo.

Busca: como era os cremes para pentear os cabelos nas decadas passadas
(1º resultado no Google)
Neste ponto eu e outros especialistas discordamos. O Doutor Gerald E. Balester, por exemplo, defendeu por anos que qualquer material levemente abrasivo, desde que esfregado com vigor contra os cabelos, teria efeitos mais que satisfatórios. Sua teoria foi em certa época alvo de chacota de outros especialistas, como a Dra. Mary L. Martin, que dizia que pela teoria do citado doutor até excrementos bovinos surtiriam efeitos nos cabelos, desde que suficientemente esfregados.

Busca: magia para amarrar casal
Não entendi o problema. Corda , varal ou fio de telefone não valem? E se o casal for SM fica ainda mais fácil. É por isso que o mundo está como está, a falta de imaginação é a traça da realização.

Busca: textos enfraçadíssimos
(4º resultado no Google)
Este é o resultado mais bizarro. O leitor desatento pode inicialmente julgar este resultado um elogio ao meu bom humor, minha verve humorística, meu jeito leve e irreverente de ver a vida. Mas note que este blog é o quarto resultado quando se busca por ?textos enFraçadíssimos?. Ou seja, um elogio à minha distração ou analfabetismo.

Vale notar que nenhum dos dados procurados fazia uso de aspas. Isso deve explicar a precisão obtida nos resultados. Só assim para atingir de cara um especialista como eu.
Taquiupariu, o Carlos Alberto Ricelli tá fazendo 60 anos! Cacete!

(se você não sabe quem é o Ricelli, por favor saia agora)