segunda-feira, março 31, 2003

Foi como tudo na vida
Que o tempo desfaz quando menos se quer
Uma desilusão assim
Faz a gente perder a fé
E ninguém é feliz
Se o amor não lhe quer

Mas, enfim
Como posso fingir e pensar em você
Como um caso qualquer?
Se entre nós tudo terminou
Eu ainda não sei mulher...

E por mim não irei renunciar
Antes de ver o que não vi em seu olhar
Antes que a derradeira chama que ficou
Não queira mais queimar

Vai,
Que toda a verdade de um amor o tempo traz
Quem sabe um dia você volta para mim
E amando ainda mais

"Ainda mais"
Eduardo Gudin - Paulinho da Viola

sexta-feira, março 21, 2003

Coisas do meu dia...

Eu trabalho com pesquisa de mercado. É um ramo de atividade interessante, entre outras coisas, por reunir todo tipo de gente, estudando todo tipo de assunto. Pois bem, estou preparando neste momento uma proposta de estudo sobre disfunção erétil (como disse o meu diretor, “um bonito tema para começar o dia”). E eu nomeei a proposta (e o estudo, se aprovado) "Never Before"... :-)

Apesar de alguns momentos ruins, não posso dizer que eu nunca me divirto no trabalho.

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Ainda que haja milhões de ziraldos que circulam eretos por aí, este não é o meu caso. Já quis estar “para o alto e avante” e a coisa não rolou. E, coincidência ou não (não, claro), a maior parte destas situações aconteceu na primeira vez que estava com alguém. Falta de intimidade, confiança, me sentir à vontade, não sei.

Talvez isso diga respeito às mulheres que me atraem, com quem eu acabo me relacionando; seja por sorte, competência ou simples atração entre semelhantes, tenho convivido com mulheres que não estão preocupadas em saber como eu fui na trepada, mas como eu sou. Por isso permitem-se (me) continuar conhecendo, explorando, brincando, permitindo-nos. E quando rola, rola muuuuuito bem...

E, sobre o sexo mais recente... bem, pra falar a verdade eu não me lembro bem como é não rolar. Coisa de mulheres encantadoras.

quarta-feira, março 12, 2003

Trabalha comigo uma mulher, de pouco mais de 25 anos, que eu sempre achei atraente. Fisicamente atraente. Nas discussões de trabalho não rolou nunca uma "energia gracinha", eu sou pouco business, e ela, tentando buscar seu espaço aqui dentro, era business demais (ou tentava ser), o que eu normalmente acho um porre.

Fomos descobrindo, em eventos fora do ambiente de trabalho, que ela é uma mulher muito sensual. Extremamente sensual. Fomos notando que, em diversas ocasiões, os homens (e uma ou outra mulher) acabavam se reunindo para botar para fora a excitação que ela causava, e que nos deixava com algo queimando por dentro.

Em um destes eventos algo começou a me parecer estranho. Eu tinha a nítida sensação de que ela estava discretamente me assediando. Alguns olhares provocantes em momentos mais acalorados da noite, uma proximidade cada vez mais freqüente.

Descobri recentemente que ela e um colega de trabalho meu, bastante próximo, estão se comendo. Eles mantêm a coisa em segredo (ou tentam, pelo menos) por motivos pessoais.

Me lembrei da minha adolescência, quando esse tipo de confusão era comum. E o contrário também, quando eu simplesmente não enxergava quando alguém se interessava de fato por mim. Hoje eu enxergo. E sorrio, feliz.