quinta-feira, janeiro 30, 2003

Opa, opa! Leiauti mais agradável. Vou ficar aqui olhando pra ele por umas duas horas para ver se rola uma energia gracinha. Ou uma cãibra...

domingo, janeiro 26, 2003

Baby, eu te vi na janela, olhando as luzes muito longe, e tive medo.
Medo de não acontecer nada, nada além de um vinho burocrático e compulsório (qual de nós desistiria simplesmente, afinal?), uns beijos estranhos, transferidos (qual de nós?), uns carinhos sinceros e tortos.
E tive medo de acontecer; de o vinho bom ajudar, de os beijos serem mesmo nossos e de os carinhos, quanto mais feitos, mais faltarem. Medo de ser tão bom quanto deveria.
Eu achei que estava pronto, que nos conduziria (e o vinho, os beijos e o carinho) no meu ritmo seguro, conhecido, que me deixa pensar e estar a salvo. Mas eu perdi o passo, me esqueci do vinho enquanto te bagunçava os cabelos; quando tentei pensar nos cabelos estava te beijando e, quando olhei para a sua boca, já estávamos sem roupas, e minha segurança jazia na calçada 16 andares abaixo de nós.
Não tive mais tempo de pensar, programar, analisar, entender. Ou de ter medo. E meu corpo se encontrou, se reconheceu na febre, na entrega do seu corpo. E eu estive inteiro.
Então veio a água.
Água que escorria pelas paredes, saía pelos canos, pelos cantos, pelas tomadas. Água que tomou todo o chão, todo o tempo, toda a pressa. Esse tempo que parecia pouco ficou sem fim, depois de eu ver o dragão que brincava na água e sorria.
Quando saímos da água não éramos mais. Eu era outro, que já conhecia essa outra você há muito, e sentia saudade. Nós (outros) trepamos então, devorando esses anos de saudade que a água descobriu.

sexta-feira, janeiro 24, 2003

5 meses desde o último post... E que 5 meses!!!! Agora ouvindo "Amnesiac", Radiohead. Estamos mudando...