quinta-feira, agosto 31, 2006

Minhas vergonhas ou Poupando o dinheiro do analista - Parte II

Coisa imbecil. Estávamos entrando no carro eu (por volta de 10 anos, acho), minha mãe e uma amiga dela para quem daríamos carona. Eu abri a porta e imediatamente levantei o encosto do banco para a amiga da minha mãe ir para o banco de trás. Minha mãe me mandou para o banco de trás, claro, e eu me senti péssimo e sem noção por anos.


Com uns 10, 12 anos minha mãe me levou para uma escola para uma atividade que eu não sei bem o que era. Me lembro que me deram uma história para ler sobre um bicho que se fazia passar por outro, acho que com um nariz falso. Depois me pediram para reescrever a história. Eu troquei o bicho que se disfarçava por outro, troquei a parte falsa por outra, e só.
Não estou certo se foi mais tarde no mesmo dia ou algum tempo depois que me dei conta das possibilidades desse exercício e, por conseqüência, de que não era gênio. De qualquer maneira, não foi meu dia mais feliz.

segunda-feira, agosto 28, 2006

Minhas vergonhas ou Poupando o dinheiro do analista - Parte I

Das vergonhas
Que eu trago na vida
Você é o vexame
Que eu quero esquecer
Isolda Bourdot - Ferba

Eu, com uns 7 ou 8 anos, escrevendo para a escola sobre um pedaço da minha casa de que eu gostava, escolhi a biblioteca dos meus pais, um cômodo que anos depois virou meu quarto, quando a biblioteca ganhou um cômodo novo, maior, no quintal.
Mas eu escrevi que "apesar da biblioteca ser dos meus pais, quem mais a usa sou eu". Tenho vergonha disso até hoje, mesmo sabendo que eu não tinha obrigação nenhuma de ser honesto naquela idade.

Com uns 10 ou 11 anos, querendo aparecer, ser aprovado etc, eu ouvi uma música que adorei. Copiei a letra, levei para a escola e mostrei para a professora, como se eu tivesse escrito. Se isso só já não fosse ruim o bastante, a música ainda era "Vem Morena", de Luiz Gonzaga e Zé Dantas, que traz entre seus versos coisas como:
Vem morena pros meus braços, vem morena, vem dançar
Quero ver tu requebrando, quero ver tu requebrar
Esse teu fungado quente, bem no pé do meu pescoço
Arrepia o corpo da gente, faz um velho ficar moço
Esse teu suor sargado, é cheiroso e tem sabor
Pois o teu corpo suado não tem cheiro de fulô
Tem o gosto temperado do tempero do amor
Enfim, perfeitamente apropriado para uma criança de 10 anos.

domingo, agosto 27, 2006

Assim caminha a humanidade: de ré

Lembra que depois de muito tempo tinha caído a estupidez das perguntas sobre orientação sexual dos doadores de sangue? Afinal, grupo de risco não faz mais sentido e no final das contas qualquer um pode mentir.

Pois é, a desembargadora Maria Isabel Gallotti, do TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região, devolveu do dia 22 de agosto validade à resolução da Anvisa que obriga todos os hemocentros a fazer perguntas sobre a orientação sexual dos candidatos a doador sangue durante as entrevistas que antecedem as coletas.

Nas próximas semanas a liminar será avaliada por desembargadores da 6ª Turma do TRF-1. E da decisão, claro, caberá recurso.O impedimento estava proibido desde julho, graças a uma liminar do juiz Márcio Braga Magalhães, da 2ª Vara Federal do Piauí, que o considerou discriminatório. Em sua sentença, Magalhães afirmava considerar "os homossexuais e bissexuais legitimados a doar sangue".A Anvisa recorreu e a desembargadora acatou o argumento de que são inabilitados para doar sangue "homens que tiveram relações sexuais com outros homens e ou as parceiras sexuais destes".

E dá-lhe andar pra trás. Tem gente que tem tanta, mas tanta burrice acumulada que me embrulha o estômago.

quarta-feira, agosto 23, 2006

O que alguns chamam otimismo eu chamo burrice

Segundo a pesquisa Datafolha de intenção de voto divulgada terça-feira (22 de Agosto) Alckmin teria passado de 24% para 25% e Lula de 47% para 49%.

Usando seu cada vez mais evidente conhecimento de estatística e margens de erro, Alckmin teria declarado estar "iniciando um processo de crescimento". E não parou por aí (na verdade, só melhorou); para fechar o raciocínio brilhante, disse ainda "agora, é para cima e para o alto".

Não bastasse o 1% que ele subiu estar dentro da margem de erro, o que quer dizer que ele não subiu um pentelhésimo percentual sequer, ele ainda se esquece que segundo o seu (dele) próprio raciocínio, se ele com 1% a mais "iniciou o crescimento", o Lula com 2% a mais agora é que dispara de vez, não?

Ou o Alckmin já atingiu um novo estágio da campanha ou do funcionamento mental, e agora só enxerga a Heloísa Helena. Nessa briga aí sim, agora vai.

quinta-feira, agosto 03, 2006

Acabamos de ouvir o jogador dizer "Se deus quiser o time adversário vai se fuder e nós vamos sair vitoriosos". Juro que foi mais ou menos isso...