quinta-feira, julho 31, 2003

Apesar de ter nascido na cidade de São Paulo e de ter voltado a morar nesta cidade há mais de 6 anos, confesso que sentia que ainda me faltava algo que me permitisse sentir totalmente integrado, um paulistano de verdade, orgulhoso de viver tudo que esta cidade pode oferecer (e oferece, desde que se saiba procurar). Mas agora este incômodo passou, quase que totalmente, o que me faltava foi conquistado: fui assaltado...

Assim sendo, estou sem o celular que vocês conheciam (9914-2406) por alguns dias (talvez por muuuitos dias, se a vivo insistir em se mostrar menos interessada em mim que a tim). Tão logo tenha novidades a respeito eu compartilho com vocês.

Eu disse "quase que totalmente"? Pois é, pois pessoa reservada que sou, não quis entrar taaanto assim no clima; levaram-me só o celular, a carteira seguiu comigo. :-)

terça-feira, julho 15, 2003

Eu estava no banho, de manhã, acordando, morrendo de frio (e por isso mesmo fechado no banheiro rezando para ele terminar de aquecer mais rapidamente), quando me lembrei de que eu ontem, após o banho, havia deixado na saboneteira apenas um filete do que um dia foi um sabonete. Conferi, na esperança de que alguma entidade qualquer houvesse deixado um novo sabonete durante a madrugada. Mas aparentemente, se um ser místico havia passado pelo meu banheiro na madrugada, além de não ter me deixado um novo sabonete, ainda havia tomado ele mesmo seu banho, já que o sabonete parecia ainda menor naquele frio.

Mas então – acordando, acordando – me lembrei, feliz, de ter passado ontem à noite no supermercado e comprado 5 lindos novos sabonetes, limpinho que sou. Desorganizado, mas limpinho.

Aquela felicidade durou cerca de 4 segundos. Apenas o necessário para me lembrar de que havia deixado os sabonetes sobre a mesa logo na entrada do apartamento, já preocupado com alguma outra coisa. E eles lá haviam permanecido. Naquele banheiro já quente, confortável, enxerguei minhas opções aceitáveis (excluindo tomar banho de corpo inteiro com shampoo): operar um milagre com aquele filete translúcido de sabonete, ou sair do banheiro, molhando o chão (que estaria bem gelado, aliás), passar muito frio e raiva até alcançar os sabonetes sobre a mesa da cozinha.

Meu uso daquele filete de sabonete deve ter adiantado em uns 2 anos as pesquisas sobre nanotecnologia no brasil.

Por que, meu deus, em um restaurante com duas pessoas tocando violão, com repertório bom, fazendo seu trabalho, algumas pessoas não são capazes de conversar alegremente sem que isso se transforme em gritos, urros, palmas, outras músicas cantadas ao mesmo tempo aos berros (!!), sem qualquer respeito por quem está cantando no lugar?

Por que, meu deus, pessoas com um repertório bastante bom são capazes de cantar mal, muito mal, de dar vontade de ir embora?

E por que diabos, meu deus, eu paro para jantar num lugar assim?